domingo, 10 de janeiro de 2010

Novo membro da Familia


No dia 26 de dezembro de 2009, um calor danado em Porto Alegre, resolvi pegar a bike e ir até o Parque da Redenção queimar as calorias do Natal. Meio-dia, sol queimando a cuca, pedalei da minha casa até o parque através das ruas vazias.
Dei uma volta inteira no parque e estava pronta para voltar para casa quando resolvi pedalar mais um pouco, só que desta vez faria um percurso menor, cortando por dentro do parque.
Passando o Café do Lago, parei num local onde tem vários gatos abandonados. Sempre gosto de ficar ali, olhando aqueles tantos gatos de cores e pelagens tão distintas.
Desta vez, entretanto, havia um gatinho muito pequeno no meio dos maiores. Meu olho parou imediatamente naquela coisinha pequena e preta, parada embaixo de um banco, sozinho.
Desci da bike e para minha surpresa, a coisinha minúscula veio caminhando na minha direção. Atravessou entre os gatos maiores, passou pelas grades e veio parar na palma da minha mão.
Levei a mão ao peito, ele grudou as patinhas na minha blusa e começou a ronronar. Acho que ali, já não tinha mais volta. Precisava levá-lo para casa, cuidar dele, dar carinho e atenção. No passado, eu nem mesmo teria parado ali. Não teria me comovido com o gatinho bebê entregue a sua própria sorte. Animais não mexiam comigo. Eu tinha medo, uma certa aversão até. Mas eu mudei. E naquele quente dia de dezembro, eu não poderia deixá-lo para trás. No minimo, teria levado a uma pet shop.
Mas ele veio aqui para a minha casa e hoje já está curado da inflamação no intestino que lhe fazia ter uma diarreia terrível. Engordou 100 gramas e já convive com as minhas gatas Minnie e Fifi. Dorme ainda num cômodo isolado, a adaptação de felino é feita de forma gradativa, o cheiro da casa se modifica com a chegada de um novo gato e leva um tempo até que se reequilibra.
Chico é quietinho e obediente. Tem apetite e muita sede. Sede de viver, que o fez sair da inércia e ir atrás de ajuda, de colo, de um lar. E eu, que nem sonhava com mais um gato, fico feliz e meu coração se enche de alegria quando o vejo em segurança e saudável.

ps - Ah, esqueci de dizer: o nome dessa coisinha fofa é Chico, em homenagem ao grande homem Francisco de Assis, protetor dos animais!

2 comentários:

José Donizeti de Oliveira disse...

Que coisinha mais fofa, é tão bonitinho, dá vontade de amassar, fazer desta coisinha, um bola de ping-pong.

RONRONARIA -Luciana disse...

Lindo.Emocionante...
"Moleque" de sorte esse Chico!