segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Rosh Hashaná 2008






Se eu pudesse, eu arquivaria na minha memória todas as festas de Pessach e de Rosh Hashaná que comemorei ao lado da minha família. E se sobrasse espaço, eu arquivaria também os almoços de sábado na casa da Vó Saba que já não existem mais.

Se eu pudesse, eu ressuscitaria todos aqueles que já se foram mas que fizeram parte desta história: o vô Saul, a tia Dora, o Micha, a Helena... Eu traria de volta o tio Mário, a quem eu nem mesmo conheci. Fico imaginando a farra que seria com ele junto, sendo um Stein, devia ser muito divertido!

Se eu pudesse, eu iria ainda mais longe e na nossa mesa estariam a Babilala e o Zaide... E por que não o Nutke com a tia Eva, o tio Manoel com a tia Sofia e o Tio Calme com a Tia Maria? A Ilana ficaria feliz em sentar ao lado do vô dela! Eu traria os primos de terras distantes, da Argentina a Israel!

Se eu pudesse, eu juntaria todas as gerações, as passadas e as futuras, o meu filho que ainda nem nasceu com o meu vô que já faleceu... Eu cantaria para todos eles e no final da noite, o "monstro" viria para deixar os pequenos com dor de barriga de medo e os mais velhos com falta de ar de tanto rir.

Como não posso, eu agarro esses momentos com todas as minhas forças, eu olho para os olhos da vó Saba e eu me iludo que talvez eles sejam eternos... Que pelo menos ela nunca partirá...
Eu vivo e sobrevivo ao mar de memórias, sabendo que no fluxo da vida não existe pausa, mas existe sim explosões de alegria.

E essas nossas festas são para todos nós, um pedacinho de passado, presente e futuro de puro amor e muita diversão!

Shaná Tová do fundo do meu emocionado coração