sábado, 5 de junho de 2010

Pensamentos


Estas são as mudanças da alma. Eu não acredito em envelhecimento. Eu acredito em alterar para sempre o aspecto de alguém para a luz. Eis o meu otimismo.”

Virginia Woolf



Hoje li esta frase e ela me fez pensar. Como se eu não pensasse o suficiente. Minha madrinha costumava me dizer que para uma “criança” eu pensava demais. Ou então, como dizem: Quem pensa demais não casa.
Vai ver é verdade pois ainda não casei. Pelo menos não oficialmente, mas esta é uma outra historia.

A frase da Virginia Woolf bateu em algo que vem me instigando ultimamente. No que crer quando muitas das coisas nas quais acreditávamos com toda a nossa alma simplesmente caem por terra? Sou eu uma otimista ou uma pessimista (pergunta que Carrie Bradshaw se faz em um dos episódios de Sex and the City)? Ser otimista significa ter fe? Mas fe em que exatamente?

A todo instante, a vida nos da provas que qualquer sensação de segurança é a mais pura ilusão. Um amor que dura anos pode do nada virar... lembranças e lembranças não te abraçam durante uma fria noite gaucha. Ainda bem que tenho os meus gatos.. Família, saúde, trabalho, tudo pode mudar do dia para a noite, e se não tivermos um eixo forte, a casa cai.

Uma das exceções a esta regra são as amizades. Experiência própria, bons amigos, perto ou longe, são constantes e te seguem ao longo da vida. Um pouco de chão nessa corda bamba. Amigos do peito, aqueles que te conhecem do avesso, todas as tuas fraquezas e mesmo assim, te aceitam e riem da tua desgraça contigo. Tenho ótimos amigos. Um motivo afinal para ser otimista!

Talvez o grande lance seja mesmo essa caminhada em direção a luz. LUZ. Primeira palavra que eu disse quando era bebê. Eu sabia que ia adorar um palco. E palco sem luz não tem muita graça. E todas as nossas experiências, positivas ou negativas, sejam apenas degraus de aprendizado. Talvez o sofrimento seja também algo a ser superado. Caminhamos como o personagem Dante na Divina Comedia, do Inferno ao Céu? Ou estamos sempre alternando céu e inferno?

Eu hoje tenho cordas internas que me ajudam a segurar a barra. Antes elas mais me enforcavam que ajudavam. E assim seguimos todos em direção.... Mãos vazias, coração cheio de.......... Como eu queria ser mais........... ou menos........ Eu bato no peito com força e injeto animo, um passo depois o outro, se for dançando tanto melhor.
Eu sou uma otimista. Mesmo quando no inferno.