domingo, 11 de abril de 2010

Meu amor, o café – Parte I



Em uma vida permeada por grandes paixões, seria quase lugar-comum chamar o meu apreço pelo café como paixão. Pois eu sou naturalmente uma pessoa apaixonada.
Mas a minha historia com o café é bonita, tem constância (coisa que muitas paixões não têm) e vem me acompanhando desde os idos tempos de Colégio Israelita, mais especificamente, semana de provas do “cientifico” (hoje ensino médio), ainda mais localmente: casa da minha amiga Silvia Wolff, na quase descidinha da Mostardeiro. Quem é de Porto Alegre sabe de onde estou falando.
Muito ocupadas que éramos com as aulas de ballet e ensaios, pouco tempo nos sobrava para estudar para as temidas provas. Alem de ocupadas, tremendamente pretensiosas, pois deixávamos todo estudo para a noite anterior ao teste.
Eu ia para a casa da Silvia, que era uma espécie de segundo lar para mim, a gente comia alguma coisinha rápida, preparada pela “nossa” baba Maroca e depois, rumo ao gabinete do pai dela para passar a noite em claro estudando. Sim, a noite inteira, em cima dos livros, revisando a matéria de um semestre. Como agüentar tudo isso? Só mesmo com uma térmica cheia de CAFÉ!!! Café preto, sem açúcar, foi assim que aprendi e comecei a tomar esse liquido precioso sem o qual minhas manhãs ficam vazias como um balão murchinho....

Sempre neuróticas com o peso, o fator “sem açúcar” era essencial. Ali se deu inicio um habito que me acompanha há 20 anos (ai credo). Também a minha amizade com a Silvia segue firme e forte. Nossa paixão (de novo, a madame paixão) pela dança foi o que nos uniu, o café abençoou e o resto contarei nos próximos capítulos.
Ah, sempre passamos nas provas. E muito bem. Modéstia a parte, uma noite para nos era o tempo suficiente de estudo. O resto, era só dança!






Um comentário:

stela menezes disse...

Muito bacana o texto, Fê. Recriou as emoções q estão sendo contadas.