"Lembra-te que há um querer doloroso
E de fastio a quem chamam de amor.
E outro de tulipas e espelhos
Licencioso, indigno, a que chamam desejo.
Não caminhar um descaminho, arrastar-se
Em direção aos ventos, aos açoites
E um único extraordinário turbilhão.
Por que me queres sempre nos espelhos
Naquele descaminhar, no pó dos impossíveis
Se só me quero viva nas tuas veias?"Antologia: Do Desejo
Hilda Hist
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