quarta-feira, 26 de agosto de 2009

em breve.......... voar

tenho escrito pouco, deixando vazio esse espaço que eu mesma criei para exercitar... justamente a escrita. ando tão busy com trabalho, temporada de Teresinhas, afazeres domésticos e com minhas próprias dores e alegrias... que não sobra tempo para mim.
a viagem surgiu num papo de MSN com a Kni, amiga de infância, de colégio Israelita. Silvia, Kni e eu, viajando juntas depois de mais de 25 anos de amizade, best friends. O convite foi feito e eu comprei a ideia, mesmo que meu coração fique apertado de medo. Medo de que exatamente? Sei lá, o tempo vai passando e parece que o corpo e a alma vão ficando meio enrijecidos numa e´spécie de comfortable zone.
eu preciso tirar o mofo das milhas malas. enfrentar o isolamento, dar um basta à rotina. o mais dificil, sem sobras de dúvida, será me afastar da Minnie e da Fifi. Sinto que somos um só corpo às vezes, as crazy as it sounds... Já me transformei meio gata, elas entendem o meu "humanês"... Separar-me delas causa e causará dor. Mas a dor faz crescer. so they speak!
Ver a Lady Eiffel de novo me traz um sorriso. voilá!
novos mundos, novas aventuras.
the trip begins here!

terça-feira, 30 de junho de 2009

A morte de Pina

Foi com surpresa e desconfiança que li a mensagem sobre a morte de Pina Bausch hoje de manhã no Orkut. Mas pesquisei no jornal francês Le Monde e vi que infelizmente era verdade. De forma inesperada e rápida a coreógrafa havia morrido esta manhã.
Para quem dança e acompanha a história da dança contemporânea, é uma perda irreparável.
Desde muito jovem ouço falar da companhia de Pina e da junção entre dança e teatro que revolucionou a forma de se dançar.
Recentemente, tive a oportunidade de assistir um dos seus espetáculos aqui em Porto Alegre e fiquei muito emocionada, do princípio ao fim. Uma companhia de bailarinos maduros e heterogêneos, dançando em altíssimo nível, dando texto e nos emocionando.
Eu pelo menos me emocionei, chorei vendo algumas das cenas que tanto falavam do ser humano, falavam da vida e da morte.
Meu amigo Rooney e minha prima Ilana ainda conseguiram tirar uma foto com Pina. Eu, mais tímida, fiquei de fora olhando. Mas o que vi ficará marcado em minha alma... toujours.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

e que seja perdido o dia em que não se dançou uma única vez!


Dia Internacional da Dança


fonte: wikepedia


O Dia Internacional da Dança vem sendo celebrado no dia 29 de abril, promovido pelo Conselho Internacional de Dança (CID), uma organização interna da UNESCO para todos tipos de dança.
A comemoração foi introduzida em 1982 pelo Comitê Internacional da Dança da UNESCO. A data comemora o nascimento de Jean-Georges Noverre (1727-1810), o criador do balé moderno.
Entre os objetivos do Dia da Dança estão o aumento da atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem um local próprio para dança em todos sistemas de educação, do ensino infantil ao superior.
Enquanto a dança tem sido uma parte integral da cultura humana através de sua história, não é prioridade oficial no mundo. Em particular, o prof. Alkis Raftis, então presidente do Conselho Internacional de Dança, disse em seu discurso em 2003 que "em mais da metade dos 200 países no mundo, a dança não aparece em textos legais (para melhor ou para pior!). Não há fundos no orçamento do Estado alocados para o apoio a este tipo de arte. Não há educação da dança, seja privada ou pública".
O foco do Dia da Dança está na educação infantil. O CID alerta os estabelecimentos que contatem o seu Ministério da Educação com as propostas para celebrar este dia em todas escolas, escrevendo redações sobre dança, desenhando imagens de dança, dançando em ruas, etc. Enfim, manifestando em crianças e consequentemente nos adultos, a vontade e importância da dança arte na vida do ser humano

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Dica de cinema -Entre les murs




Quando cheguei em Paris pela primeira vez, vinha de ônibus da Holanda, era inverno e eu não tinha lugar para ficar, apenas uma lista de albergues. Minha amiga norte-americana Norma e eu descemos do ônibus em plena "outskirts" de Paris, às 6:00 da manhã, com mochila nas costas e ruas vazias e geladas pela frente. Começou a nevar. Mas não foi bonito... A paisagem era rude, estávamos com sono e fome, começamos a caminhar. Por sorte, não estávamos muito longe do albergue D'Artagnan e foi para lá que fomos.
Minha chegada à Paris, não foi nada glamurosa, assim como não o é "Entre les Murs". É um filme que retrata a realidade das salas de aulas de uma Paris cheia de diferenças e conflitos. Uma forte discussão sobre o ensino nos dias de hoje, não só na Europa mas no mundo todo, pois o filme embora retrate a França, não se propõe a restringir, pelo contrário, abre espaço para questionamentos pertinentes a todos nós.
Paris não é só Torre Eiffel, assim como o mundo não é só algodão-doce.

domingo, 15 de março de 2009

TERESINHAS - texto publicado no jornal ZH - 14/03/2009


TERESINHAS – GRUPO MEME
Angélica Bersch Boff
Porto Alegre, 06/03/2009
Vou começar pelo único problema, pois este foi o meu primeiro contato com o espetáculo. Trata-se do ponto inicial: o tema. E é um problema de percepção subjetiva – minha – e não do belo trabalho do Grupo Meme. Não gosto do tema “mulheres”. Além de super batido, me incomoda, me parece uma certa generalização muito rasa dividir o mundo em gêneros e, ainda, em dois gêneros. Por isto, e só por isto, o espetáculo já me incomoda. É preconceito meu, talvez...
Iniciou o espetáculo, e eu ali, chateada, desgostosa, principalmente porque os trabalhos do MEME sempre me tocaram muito. E positivamente. E a cada novo trabalho deles sou invadida por uma expectativa prazerosa nos dias que o precedem...
Com essa incomodação na minha casca – sem afetar o fruto – segui assistindo... sentindo... e pensando... e me vieram boas idéias sobre criações em cena... Talvez um dia falarei dessas idéias, talvez.
De repente, me vi tocada e emocionada com as minhas questões pessoais... particularmente com minhas questões de mulher, de namorada, profissional, amiga, filha e irmã. E com minhas questões de identidade. Chorei. Fui tomada de um arrepio, de uma fragilidade sobre minha vida diante daquele espetáculo.
Foi então que começaram a aflorar em minha mente as palavras para o Teresinhas. Parecido com a dança das bailarinas, minhas palavras podiam acompanhar seus movimentos, como se estivessem flutuando e dançando sobre o mover de seus braços. Aliás, descobri que as palavras dançam! – em minha mente. Elas dançam assim: delicadeza, mil vezes delicadeza. Sensibilidade... mas nada de emocionalismos e sensibilidades melosas. Trata-se de sentimentos e sensações verdadeiros e tocantes. Porque são apresentados com simplicidade e veracidade, assim como o são no dia-a-dia de todos nós. Uma sensibilidade profunda, mas simples.
O espetáculo Teresinhas fala muito com sua dança, mas são falas sem palavras, e sem significados precisos. Cala fundo, e fala todas as línguas. É subjetivo e tem várias margens, como toda a arte. Não precisa falar, precisa dançar.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Inquietações Improvisadas


Movida pelos últimos acontecimentos e pela música de Madredeus me pergunto incessantemente e quase sempre não encontro respostas. O workshop com o Márcio semana passada e o curso de Máscaras com Liane Venturela em janeiro provocaram tremores no meu eu-artista. Estar sempre em "abismo" para criar/viver faz sofrer, cria úlceras reais e no plano das emoções, feridas abertas que sangram porque ............... por que assim sou? Por que sofrer faz parte do meu processo de criação, do meu modo de viver? Como dar conta desse mundo que nunca pára sem se perder numa esquina qualquer ou ficar em casa remoendo os seus monstros, na total não-ação física?

Perdão... Peço perdão por tudo aquilo que almejei e não atingi... Por ter sido a aluna brilhante que não se transformou na médica dos sonhos do pai. Não tive 5 filhos nem moro na Europa. Mas peço respeito pela trajetória de artista/pessoa que construo todos os dias quando o escuro toma conta e tudo o que quero é criar uma nova página que seja autêntica e que deixe marcas de amor pela vida e pelas pessoas que co-habitam esse bizarro mundo em que vivemos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Minha amada Minnie


Minnie Stein Staudt
It was a cold winter night, you came and lay down on my chest. I woke up and there you were, so warm and soft...
I didn't know but at that exact moment, you adopted me... It's been almost 3 years and I can't believe how important you have become in my life.
My sweety, thanks for all the love and affection, for the constant company, in the good and in the bad, until death tears us apart...
Mummy loves you!